Trago num bolso:
Trago num bolso todo o ódio retorcido.. vozes e gritos de dores Guardadas.. livros de pessoas e pessoas que não decifrei. Tarefas inacabadas, metas jogadas no lixo.. lixo jogado sobre as metas e palavras malditas.. Trago também um vazio que soa suavidade, calma e dor.. Melancolia, desprezo, depressão. Um vazio que oscila ecos estrondantes, vazio que deixaram quando partiram. E no outro bolso, vejo que tudo que eu tinha cairão pela Cidade, pois o bolso que eu mais confiava segurança estava furado, triste fim a tantas raridades... Triste fim a toda aquela vaidade que soava mortalidade, vontade. Vivenciando esse silêncio sem fim, percebo que vivo num paraíso de ilusões, e que ando em lugares em que meu silêncio tem tom, tem cor, tem genialidade, tem dor. Aprendo que um susto pode fazer falta na caminhada da vida. E que tudo perde o sentido quando penso no que poderia ter acontecido "se". Hoje penso em esvaziar os bolsos de uma vez, livrando-me dos remorsos, dos carmas, dos triunfos, das trassas. Paz amor e empatia, foi a ultima coisa que ele nos desejou pedindo.
Ass: Gabriel Sullivan