terça-feira, 30 de abril de 2013

Trago num bolso.

Trago num bolso:


Trago num bolso todo o ódio retorcido.. vozes e gritos de dores Guardadas.. livros de pessoas e pessoas que não decifrei. Tarefas inacabadas, metas jogadas no lixo.. lixo jogado sobre as metas e palavras malditas.. Trago também um vazio que soa suavidade, calma e dor.. Melancolia, desprezo, depressão. Um vazio que oscila ecos estrondantes, vazio que deixaram quando partiram. E no outro bolso, vejo que tudo que eu tinha cairão pela Cidade, pois o bolso que eu mais confiava segurança estava furado, triste fim a tantas raridades... Triste fim a toda aquela vaidade que soava mortalidade, vontade. Vivenciando esse silêncio sem fim, percebo que vivo num paraíso de ilusões, e que ando em lugares em que meu silêncio tem tom, tem cor, tem genialidade, tem dor. Aprendo que um susto pode fazer falta na caminhada da vida. E que tudo perde o sentido quando penso no que poderia ter acontecido "se". Hoje penso em esvaziar os bolsos de uma vez, livrando-me dos remorsos, dos carmas, dos triunfos, das trassas. Paz amor e empatia, foi a ultima coisa que ele nos desejou pedindo.

Ass: Gabriel Sullivan

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cinzas.

Cinzas:



As vezes, as cinzas tem muito a dizer
E as vezes, a luz não passa de um reflexo falso
Em imensos espelhos, em diversos lugares do mundo
As luzes as vezes nos cegam
E nos fazer caminhar para um abismo de escuridão sem fim
Enquanto das cinzas, surgem vidas.. E sonhos
Como a bela Fênix
Que nas cinzas morrem
E das cinzas renascem
O que um dia era fogo ardente
Hoje é cinza flutuante
Cinzas pairando no ar
Sem ter rumo, ou sem alguém para decifrar
Cinzar de um livro velho, esquecido, não lido, oculto
Cinzas de histórias, com muito a ensinar

Ass: Gabriel Sullivan

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Roteiro do amor.

Roteiro do amor:



Depois de ser atingido, atirei para vários lados, e com a mesma bala falsa. O sangue escorre, juntamente com as raízes das arvores que me sufocam. Fruto do que um dia eu cuidadosamente plantei e reguei, com meu choro ,suor e sangue. Mas de onde eu não semeei, nem atirei, do lugar que eu nem sabia que existia, surge um ser rodeado de luz, com os olhos certos, porem cheio de dúvidas. E logo o tempo começa a clarear. A chuva se foi, junto com a neblina. A lua se esconde, o sol resolve aparecer. É tudo tão lindo. Perfeito para mim, para nós! Não consigo me conter, não consigo parar de articular, controlar, idealizar, maquinar, recriar, inventar e controlar de novo! Todo este controle, me deixa fora de controle, de modo que nem eu percebo. No fim, não consigo controlar a mim.. Quem dirá, as pessoas ao meu redor! Não consigo conter os sentimentos, não consigo posicionar as peças como antes, quando frio. Então comecei a ligar os fatos.. Talvez o "destino" tenha resolvido pregar uma peça em mim. Talvez tentar controlar cada passo, seja fardo demais para uma pessoa limitada, como eu. Sentimentalmente falando.. Talvez o problema seja quebrar o roteiro que já foi escrito um dia.

Talvez...



Ass:  Gabriel Sullivan

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Lado escuro da Lua.

Lado escuro da Lua:



Eu preciso te encontrar de novo.. Te olhar cautelosamente, ver você se aproximando depressa.. Avistar o seu lindo e sincero sorriso, que tantos apontam. Te olhar nos olhos, e ver seu brilho interior sombrio. E por fim, sentir o teu abraço, que me sustenta no mundo enquanto viajo em pensamentos malucos! Eu preciso te encontrar de novo! Estou com saudades, e isso não é estranho, pois vivi a minha vida toda sem você, agora, preciso de você por toda a vida! Preciso de toda a sua escuridão, para preencher o vazio que tenho, aqui, no lado escuro da lua! Preciso do teu calor, pois amo o frio, mas não dá para enfrenta-lo sozinho, não dá.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Estiada

Estiada



Estou perdido no escuro
Meus ouvidos, olhos e nariz sangram
Minha boca está seca, e ninguém pode me ouvir
O vidro, ainda não foi quebrado
pois ainda falta uma peça para decifrar o enigma do quebra-cabeça
Vago no frio, no silêncio, na estiada
Sigo com fome, sigo com sede, e com saudade
Sigo com medo
Mas com medo de conviver com a dor, de nunca ter medo




quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mãos atadas no escuro.

Mãos atadas no escuro:



Você sabe que nós estamos de mãos atadas, sabe que não podemos modificar quase nada.. Abandono é confundido.. Confusão por falta de combustível. Sim, estamos na mesma situação deplorável que você. Não podemos voltar atrás, e a culpa não é nossa, alívio é a sobrevivência! Nós podemos até levar liberdade momentânea até os seus pés, mas acredite, isso não ajudará. Nós ainda podemos sorrir, ainda podemos viver, ainda não é o fim, não pode ser o o nosso fim.